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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Os primeiros dias

Para uma melhor experiência, ligue o som do seu computador e aperte o play abaixo:



Tenho feito metas bem realistas para essa nova etapa da minha vida, e meta realistas nunca incluirão, jamais, em hipótese alguma, frequentar uma academia. Acho que uma das mulheres mais desejadas hoje é a Gisele Bundchen, não apenas pela beleza, mas também pela conta bancária. Casados e solteiros abririam mão de qualquer coisa para uma chance com ela (menos eu, ainda não consigo me imaginar com outra pessoa). Nem se a Gisele quisesse casar comigo e a única exigência fosse que eu passasse a me exercitar numa academia eu aceitaria, não quero mais deixar de ser eu mesmo por causa de um relacionamento. Mas exercícios estão nos meus planos.

O único espólio da separação que fiz questão foi a sesi rosa que pertencia a digníssima. Além disso, comprei uma outra bicicleta, dobrável, e tenho muitos planos para ela. Também como forma de colocar a carcaça em movimento, estou acordando mais cedo e andando uns 20 minutos para um ponto de ônibus mais distante. Não é muita coisa, mas já começo o dia com uma pequena caminhada. Nesta andança, passo sempre em frente ao antigo teatro no qual nos conhecemos (um dia eu conto). Agora é uma residência e vez por outra tem um operário trabalhando numa reforma. Sempre me estico nas pontas dos pés tentando olhar para dentro, saber como está o local no qual passei tantos momentos da minha vida. Não dá para ver muita coisa, talvez em algum dia eu peça para entrar.

Quanta a auto escola, entrei em contato com algumas da Ilha e estão todas lotadas, aulas avulssas só a partir de outubro. A Diniz nem está aceitando alunos habilitados. Acho que não tem outro jeito, vou ter que marcar as aulas com mais de um mês de antecedência. Quem está pensando num negócio no bairro me parece que os CFCs são uma boa oportunidade.

Já as aulas de dança de salão estou esperando apenas abrir a turma de sábado. Uma amiga é professora de uma academia e espero que ela seja a professora. Além de aprender a dançar, posso desabafar um pouco, já que ela também é psicóloga.

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Nos encontramos na terça. Bebemos algumas cervejas no Karekas, rimos bastante, choramos bastante, e compartilhamos o quão tem sido difícil essa separação. Mas vai dar tudo certo, o tempo está do nosso lado.

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Neste sábado haverá um churrasco na casa de amigos em comum. Não vou, ainda é muito cedo para isso, mas espero que não deixem de me convidar.

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Veja como foi minha curta experiência em academias:


PS.: ainda estou aguardando o bueiro, só espero que ele venha antes do dia 9.

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Abaixo, um dos tantos e-mails que tenho recebido dos meus queridos leitores. Obrigado pela manifestação de carinho que tenho recebido.

É isso aí, meu Jovem.

Concordo plenamente: amar menos nunca será a melhor solução... amar mais cada coisa que nos interesse, creio que seja por aí...e aí é bom ligar a antena pra não cairmos em nossas próprias armadilhas...quanto à direção em que disparamos nosso interesse... Não posso deixar de falar que curti muito suas aventuras gastronômicas com sua (ex?) Digníssima, e lamento pelo fim. Acho que a gente sempre lamenta, mesmo que não conheça a história do outro de verdade...acho que a gente lamenta pela gente mesmo, pelo que a gente sonha e perde, pelo tanto que a gente quer acreditar em si mesmo... Fica com 'A Ponte', do Mário Benedetti, pra mim funciona como um afago na alma, há muito tempo. 


A ponte

Para cruzá-la ou não cruzá-la
eis a ponte

na outra margem alguém me espera
com um pêssego e um país

trago comigo oferendas desusadas
entre elas um guarda-chuva de umbigo de madeira
um livro com os pânicos em branco
e um violão que não sei abraçar

venho com as faces da insônia
os lenços do mar e das pazes
os tímidos cartazes da dor
as liturgias do beijo e da sombra

nunca trouxe tanta coisa
nunca vim com tão pouco

eis a ponte
para cruzá-la ou não cruzá-la
e eu vou cruzar
sem prevenções

na outra margem alguém me espera
com um pêssego e um país

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