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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Finalmente, canalha!

Friend zone
Na escola sempre fui aquele cara bonzinho com quem as meninas gostavam de compartilhar suas agruras amorosas. Ouvia com atenção e dava conselhos, mesmo sabendo que meus conselhos não valeriam de nada, já que me faltavam vivências amorosas com as quais pudesse compartilhar os ensinamentos delas provenientes. Serviam, talvez, apenas para confortar jovens corações femininos em conflito.

Obviamente, nesta posição, não comia ninguém. As poucas oportunidades que tive foram desperdiçadas diante minha timidez, minha falta de iniciativa em segurar a mão da moça que por algum motivo nutria algum tipo de sentimento que ultrapassasse a barreira da amizade. Com a experiência de hoje, percebo que deixei passar excelentes oportunidades, mas, enfim, eu era o bonzinho, o gente boa.

Minha vida melhorou um pouco depois que entrei para o teatro, mas esse curto período de experiências tresloucadas durou pouco, já que logo entrei num relacionamento sério e tradicional. Não estou reclamando, de forma alguma, disso em nada me arrependo.

A questão é que o bonzinho sempre se fode. Sempre entra na friend zone. Ao perceber isso, iniciei um processo de transformação, do gente boa para o canalha. Este foi meu desejo de ano novo algumas vezes.

Eis que agora, depois dos 30, começo a perceber traços 'canalhistas' no meu caráter. Tímidos traços, é verdade, mas que me deixam orgulhoso, ainda mais se acrescentados das minhas mais recentes transformações.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Novo blog

Estou temporariamente deixando o Falta Eu Acordar. Me dedico, agora, ao Um Amor de Bicicleta, uma história fictícia sobre um cara que procura uma namorada que goste de pedalar, ainda em fase experimental.

Leia as duas primeiras postagens abaixo:



quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão

A arte sempre existiu para ajudar as pessoas. Ela diverte, estimula a reflexão, consola, transforma. Deve se fazer presente diariamente, mas em alguns momentos da vida temos ainda mais a necessidade de sua presença.

A música deve ser a manifestação artística mais consumida no mundo. Engraçado como podemos pontuar a vida com alguma canção, feita por alguém que já passou exatamente pelo que passamos, principalmente na área afetiva. Ouço pouca música, mas recentemente resolvi colocar algumas no celular para ouvir pelos caminhos. Nada meloso, pelo contrário, tudo que eu queria era fugir do sentimentalismo e me relacionar com coisas que me afastassem de temas relacionados ao amor. Coloquei Matanza, uma banda de Hard Core com letras extremamente violentas e machistas, mas....

Mas até os machões sofrem de amor. Sem esperar, ouvi no Matanza uma linda declaração de amor:

Quero que a estrada venha sempre até você e que o vento esteja sempre a seu favor

Eu, que faço das pedaladas mais que um exercício físico e um meio de transporte, que faço disso um estilo de vida, sei a importância não apenas das estradas, mas do vento a favor. Quando pedalamos na mesma direção do vento, fazemos menos esforço e podemos apreciar ainda mais o caminho. Ter o vento sempre a favor é ótimo, o problema é quando precisamos voltar.

Arrependimentos na vida são constantes, e eventualmente tomamos um caminho que não era bem aquele que acreditávamos ser o melhor. Nestas ocasiões precisamos retornar, e o vento a favor imediatamente se torna vento contra. Nada impossível de resolver, só requer um pouco mais de força e a cabeça levemente abaixada para não entrar areia nos olhos.

Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão e que esteja ao seu lado seu grande amor

Acho que a estrofe acima reflete bem, para mim, o que é felicidade. Não existe coisa melhor que passar a noite com a pessoa amada numa mesa de boteco conversando e bebendo uma boa cerveja gelada.

Mas se faltar a pessoa amada, pelo menos sempre haverá a cerveja.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Quando o amor vira ódio

Eu tinha como amigos um casal visto por todos como a união perfeita, daqueles que ninguém imaginaria que um dia se separaria. Mas a separação veio, e junto veio muito ódio. A briga foi feia, teve processo, polícia e um monte de confusão. O filho do casal ficou com a mulher, que praticou alienação parental e agora o garoto odeia o pai, a ponto de querer fazer uma operação plástica para deixar de ser parecido com ele.

Recentemente mais dois casais conhecidos se separou. Uma delas escreveu no Facebook que a mãe a ensinou a dar brinquedos velhos para crianças necessitadas, fazendo uma clara referência ao ex-marido.

Uma amiga de trabalho chegou e viu flores e outros presentes na mesa. O rosto sorridente logo deu expressão à decepção depois de ver o remetente. Vou poupar os adjetivos, mas afirmo que não foram elogiosos.

Fico perguntando como uma união pode terminar assim. Será que as pessoas se casam sem conhecer o parceiro? Será que criamos espectativas que não correspondem com a realidade? Não sei, mas o amor, o companherismo e a cumplicidade virarem ódio é uma coisa que me assusta muito.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Getúlio e eu

"A moral cristã é contrária à natureza humana, inimiga da civilização". 

"O cristianismo desnaturou a grandeza da sexualidade" ou seja, "a união dos seres numa transfusão do magnetismo amoroso, considerado pelos cristãos como um comércio impuro".

As falas acima foram proferidas na cerimônia de formatura por Getúlio Vargas em 1907. Muito curioso, outro dia iniciei um debate no Facebook, e já citei nesta postagem, sobre a influência do cristianismo na sexualidade das pessoas, que transformou um ato tão prazeroso em pecado e no quanto tudo isso influencia a felicidade dos casais hoje em dia. 

Getúlio, no início do século passado, manifestava as mesmas inquietações que eu.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Vida a dois tráz mais felicidade

Outro dia escrevi um texto no Ilhados sobre sexo em relacionamentos longos, com mais de cinco anos (link). Ainda sobre esse assunto, agora há pouco ouvi a coluna do Antônio Lavareda, comentarista de opinião pública da Rádio Band News FM, na qual ele fala sobre uma pesquisa que concluiu que a vida a dois tráz mais felicidade.

Até aí tudo bem, ter alguém para cozinhar junto nos finais de semana e assistir um filme antes de dormir realmente é uma experiência muito boa, mas o que mais chamou minha atenção foram os percentuais com relação a importância do sexo na vida.

57¨% dos brasileiros responderam que a boa vida sexual é muito importante, contra 15% dos japoneses.

Fico imaginando os motivos para isso. O Brasil realmente é um país que possui a sexualidade muito aflorada, vide o carnaval e as músicas da moda, o que talvez explique nosso alto índice neste quesito.

Ouça a coluna abaixo.




Nos idos anos de 2008 escrevi no Ilhados um artigo sobre minha visão da felicidade (link), na qual cada pessoa atribui pesos diferentes a diversos itens, como sexo, família, amigos e dinheiro. Acho que a resposta também passa por aí, os japoneses encontraram outra equação para chegar a felicidade, mas aqui cabe outra pergunta: será que eles são tão felizes quanto nós?

Realmente não sei o que pensar a respeito.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012